Portugal no século XVIII turma A1
Apresentação
Frequentemente tido como um tempo de decadência e sem história, o século XVIII português nasce voltado para o Brasil e marcado pelas condicionantes dos Tratados de Metheun (1703), pontuado pelos reinados de D. João V e D. José I este, confundido com a ação do seu valido, Sebastião José de Carvalho e Melo. Sucede, no entanto, que os cem anos que compõem o século XVIII português foram muito mais do que Mafra e o Marquês de Pombal: existe uma personalidade portuguesa que se redefine, num quadro geográfico e político que no decurso do século anterior se transfere do Índico para o Atlântico e onde o Brasil imerge como o outro lado da Portugalidade um quadro de expansão que sendo económica, também é cultural e humano. Um quadro que se estende de Lisboa ao Salvador, passando pelas Ilhas Atlânticas dos Açores e da Madeira, Cabo Verde e São Tomé sem descurar a costa ocidental africana.
Destinatários
Professores dos Grupos 200 e 400
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 200 e 400. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 200 e 400.
Objetivos
Compreender as linhas gerais do século XVIII português, nas suas duas grandes vertentes Joanina e Josefina. Compreender o modo como neste contexto se foi desenhando a sociedade brasileira entendida, não como um mundo à parte, mas como uma outra margem de espaço português que aos poucos se foi consolidando numa unidade cultural e política: um outro Portugal, que apesar do tropicalismo não deixa de ser Portugal. Dar a conhecer aos formandos alguns dos materiais disponíveis na Internet respeitantes às temáticas abordadas, nomeadamente vídeos e sítios exploratórios das mais importantes realizações culturais, arquitetónicas e artísticas dos Cem Anos estudados.
Conteúdos
Antecedentes internos e contexto internacional: a) Portugal, 1640-1683. Da restauração da Independência à afirmação da realeza de D. Pedro II. b) D. Pedro II (1683-1706) e a implantação do Absolutismo em Portugal. Organização e estabelecimento do Império Atlântico (1696, o Regimento das Missões do Estado do Maranhão e Grão-Pará). Início do fluxo do ouro. c) Os Tratados de Metheun (1703). 1.1. O Reinado de D. João V (1706-1750). a) O início do Reinado; b) A Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714) c) O ouro do Brasil; d) Portugal defende as posições do Índico; e) A política de ostentação; f) A Batalha de Matapão (1719); g) Relações com a Espanha e com a Grã-Bretanha; h) A Campanha do Rio da Prata (1736); i) O Tratado de Madrid (1750); j) A Política Cultural e Artística. 1.2. Realizações Culturais e Artísticas do Período Joanino. a) O Barroco Joanino; b) As grandes obras; 2. O Reinado de D. José I (1750-1777) a) O sismo de Lisboa (1755). Reconstrução da Cidade e afirmação política do Conde de Oeiras, Sebastião José de Carvalho e Melo; b) A Lisboa Pombalina; c) O Processo dos Távoras; reformas políticas e sociais impulsionadas por Pombal. 3. O Reinado de D. Maria I. a) O exílio de Pombal e a Viradeira. b) Os ecos da Revolução Francesa; c) Regência do Infante D. João e transferência da Corte para o Brasil (1808). d) As Invasões Francesas. e) A Cultura sob D. Maria I. A obra poética de Manuel Maria Barbosa du Bocage. CONCLUSÃO: BALANÇO GERAL DO SÉCULO.
Metodologias
Sessões predominantemente teórico-práticas, com recurso a imagens e uso / pesquisa na Internet. Duas sessões, reservadas à visualização e análise de materiais vídeo, nomeadamente, relacionados com as realizações Arquitetónicas e Artísticas marcantes dos períodos Joanino e Josefino.
Avaliação
Assiduidade a, pelo menos, dois terços das horas da ação (de acordo com RJFCP). Trabalho Final individual. Participação oral nas sessões (como método de ponderação na avaliação). Para efeito de aplicação do novo ECD, do Certificado da Ação constará uma Menção Quantitativa, que deverá ser explícita no Relatório do Formador, utilizando para o efeito uma escala de 1 a 10.
Bibliografia
Mattoso, José (Dir.); Hespanha, António Manuel (1998). História de Portugal. Vol. IV. O Antigo Regime. Lisboa: Editorial Estampa, 440 páginas. ISBN 9789723313116Serrão, Joaquim Veríssimo (1991). História de Portugal, 1640-1750 A Restauração e a Monarquia Absoluta. Lisboa: Verbo, 512 págs. ISBN 978972220701.Serrão, Joaquim Veríssimo (1992). História de Portugal, 1750-1807 O Despotismo Iluminado. Lisboa: Verbo, 504 págs. ISBN 978972220718Serrão, Vítor (2003). História da Arte em Portugal O Barroco. Lisboa: Editorial Estampa, 304 págs. ISBN 9789722330176Valério, Nuno (1980). Portugal nos séculos XVIII e XIX segundo Adam Smith e Friedrich List. Revista de História Económica e Social, pp. 105-115. (https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/27157/1/NVAL%C3%89RIO.1980.pdf).
Formador
Mário Cunha
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 31-01-2025 (Sexta-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Presencial |
2 | 01-02-2025 (Sábado) | 09:30 - 13:30 | 4:00 | Presencial |
3 | 07-02-2025 (Sexta-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Presencial |
4 | 08-02-2025 (Sábado) | 09:30 - 13:30 | 4:00 | Presencial |
5 | 24-02-2025 (Segunda-feira) | 17:30 - 21:30 | 4:00 | Presencial |
6 | 25-02-2025 (Terça-feira) | 18:00 - 21:30 | 3:30 | Presencial |
7 | 26-02-2025 (Quarta-feira) | 18:00 - 21:30 | 3:30 | Presencial |