Abordagens diferenciadoras na aula de português: Desenvolver a compreensão leitora e ensinar e aprender gramática turma A1
Apresentação
Os problemas de aprendizagem, ligados à compreensão são visíveis nos resultados do Pisa e estudos da OCDE. Prendem-se com dificuldades dos alunos e decorrentes áreas prioritárias de formação (cf. Estudo recente APP): fluência e criação de rotinas de leitura; realização de inferências; interpretação de elementos implícitos; reforço da literacia leitora; reforço das aprendizagens com tarefas de maior complexidade cognitiva (informação implícita; reconstituir relações lógicas, mobilizar informação em dois textos e analisar relações de conteúdo entre textos de diferentes géneros. Na aprendizagem da gramática constatam-se fragilidades, enquanto domínio curricular de diálogo entre a frase e o texto e prática de mobilização do conhecimento explícito da língua no desenvolvimento das competências de leitura, escrita e oralidade.
Destinatários
Professores dos Grupos 110, 200, 210, 220
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 110, 200, 210, 220. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 110, 200, 210, 220.
Objetivos
Flexibilizar as práticas pedagógicas nos 1.º e 2.º CEB, aperfeiçoando os desempenhos dos alunos (domínio da leitura e gramática). Criar situações de aprendizagem baseadas em metodologias ativas; Enquadrar e utilizar os materiais didáticos experimentados e produzidos no contexto da formação com orientações curriculares de base na planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem (DL 55/2018). Fomentar o trabalho interdisciplinar, implementando estratégias de ensino e aprendizagem direcionadas para a promoção do sucesso escolar (Despacho 779/2019). Desenvolver práticas de trabalho colaborativo, com a construção de atividades didáticas e recurso a ferramentas digitais, que habilitem os docentes a dar resposta em contextos de trabalho em mudança.
Conteúdos
O que é ler bem? Diferentes competências leitoras; A importância da Leitura Orientada em Sala de Aula (LOSA); Práticas de leitura orientada na sala de aula com recurso a diferentes géneros textuais. Fluência e criação de rotinas de leitura; realização de inferências; interpretação de elementos implícitos; desenvolvimento da competência lexical; reforço das aprendizagens com tarefas de maior complexidade cognitiva (informação implícita; reconstituir relações lógicas, mobilizar informação em dois ou mais textos e analisar relações de conteúdo entre textos de diferentes géneros; Dinâmicas com a Biblioteca escolar; concursos, baú de livros, partilhas de leitura entre turmas sobre temáticas curriculares, entre outras. Trabalho por projeto: o cruzamento de diferentes contextos e saberes multidisciplinares. Aprendizagem cooperativa: partilha de leituras, diários de aprendizagem: construção e utilização; O ensino da gramática, no quadro da linguística atual, da didática do português e dos documentos de referência para a disciplina de Português nos 1.º e 2.º CEB; Experimentação e produção de atividades didáticas com recurso a ferramentas do LOSA e partilha de outras; histórias inovadoras, leitura em família, clubes de leitura, expressiva; Duelos de leitura. Alguns domínios, termos e conceitos gramaticais com implicações didáticas produtivas na operacionalização das AE nos 1.º e 2.º CEB. Morfologia e lexicologia: processos regulares e irregulares de formação de palavras (palavras simples e complexas); Sintaxe: funções sintáticas internas ao grupo verbal. Prática de ensino e aprendizagem de algumas competências gramaticais com base em diferentes tipologias textuais.
Avaliação
Os formandos serão avaliados utilizando a tabela de 1 a 10 valores, conforme indicado no Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio, utilizando os parâmetros de avaliação estabelecidos e respeitando todos os dispositivos legais da avaliação contínua. A avaliação dos formandos decorre ao longo de todas as sessões com base nas interações que se forem estabelecendo e a partir das intervenções realizadas nas suas instituições. Os formandos elaboram um portefólio reflexivo que será objeto de apresentação e discussão nas sessões presenciais, constituindo processos e produtos fundamentais. A aprovação dos formandos está sujeita à frequência de dois terços das horas de formação.
Bibliografia
Giasson, J. (2000). A Compreensão na Leitura. Porto: Asa.Sim-Sim, I., Duarte, C., & Micaelo, M. (2007). O ensino da leitura: A compreensão de textos. Lisboa: Ministério da Educação, Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.Viana, F. Leopoldina, Ribeiro I. da Silva, Cadime I., Fernandes I., Ferreira A., Leitão C., Gomes S., Mendonça S. e Pereira L. (2010) Compreensão da Leitura. Dos Modelos Teóricos ao Ensino Explícito. Um Programa de Intervenção para o 2.º Ciclo do Ensino Básico. 2.ª Edição, Coimbra: EDIÇÕES ALMEDINA S.A. http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/Viana, F. Leopoldina, Ribeiro I. da Silva, Fernandes I., Ferreira A., Leitão C., Gomes S., Mendonça S. e Pereira L. (2018) O Ensino da Compreensão Leitora. Da Teoria à Prática Pedagógica. Um Programa de Intervenção para o 1.º Ciclo do Ensino Básico 2.ª Edição, Coimbra: EDIÇÕES ALMEDINA S.A.Aprendizagens Essenciais de Português, 1.º e 2.º CEB ME (2018).
Formador
Laura Rodrigues Pinheiro Guimarães